terça-feira, 27 de julho de 2010

The Letting Go...

They say if you love something, you've got to let it go.
And if it comes back, then it means so much more.
Fine if it never does, at least you will know,
That it was something you had to go through to grow.
("In My Mind" by Heather Headley)
Ouvi uma vez que tudo aquilo que se ama deve ser tratado como a areia. Quanto mais apertamo-la, mais ela escorre por dentre os nossos dedos. Por isso ela deve ser segurada com as duas mãos, de modo que simplesmente façamos uma cuia com elas e ela permaneça da forma que deve.
No entanto, hei de confessar que não acho que isso funcione pra quem ou o que se ame. Com o tempo, o vento bate e partícula por partícula, a porção de areia se esvai. Pouco a pouco, mas ela some. Às vezes quando se ama, não é o suficiente nem cuidar, zelar, apreciar... é preciso tão mais do que isso, mas tão mais que é preciso também ser... alguém que você não é.
É quando você é requerido a fazer simplesmente não somente o que está sob o seu alcance, mas justamente o que também não está. O inatingível, o intangível têm que tomar vida e se tornarem mais do que acessíveis: se tornarem também sua realidade.
Quando a corrida por algo que não consegues alcançar, você pára... e vê aquilo correndo para ser engolido pelo horizonte e você simplesmente permite por saber que sua casa nunca vai conseguir ser lá. É exatamente a hora que você está cansada, sem forças, você apenas assiste tudo passar e, por mais que você o queira, você entende a gritante diferença entre querer e poder e então meramente deixa passar.
Doer? Dói, mas ninguém um dia disse que seria fácil, mas sim, que seria necessário.
"A magia do primeiro amor está em ignorarmos que ele pode acabar um dia"
Para os que de amor - e dor - entendem, sabe(mos) que a regra se aplica aos mais diversos amores. Primeiros, segundos e assim por diante... se aplica ao amor.
Por tanto entender o amor, é que compreendo a proximidade dele com a distância, com a necessidade de distância. Para ele viver, alguns metros, centímetros, gestos têm que morrer

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